Última atualização: 02.01.2021

A História que nos honra

A Cooperativa Agrícola da Tocha, Cooperativa de Responsabilidade Limitada (CAT) foi constituída a 16 de agosto de 1974, por força da vontade de um grupo de 12 agricultores (na ordem em que surgem no livro de registos dos Cooperadores):

  • Manuel Simões Matias

  • Júlio Rodrigues Camarinho

  • Manuel Augusto Jorge de Andrade

  • Jacírio Silva Faria

  • Manuel dos Santos

  • Manuel Domingues Faim

  • Clarindo da Cruz Batata

  • Armando de Oliveira Sebastião

  • Agostinho dos Santos André

  • José Augusto Azenha Loureiro

  • Silvino Gomes Caldeira

  • Virgílio Gonçalves Trinco

Estes "pioneiros", influenciados pela política da época e descontentes com o atraso no pagamento de várias quinzenas do fornecimento de leite, na altura a cargo da Federação dos Grémios da Lavoura da Beira Litoral.

No início, a principal atividade da CAT era a compra e venda de leite, embora o alvará de aprovação do título de constituição e os estatutos permitissem também a transformação, a promoção e a venda dos derivados do leite.

Os primeiros anos

Entre 1974 e 1978, a sede da CAT funcionou num compartimento que tinha servido de barbearia, junto à atual Rotunda da Gandareza, na Tocha. A armazenagem de rações e fertilizantes fazia-se, então, em pequenos arrumos dos Cooperadores.

Em 1976, a Cooperativa passou a ser responsável pela administração dos postos e salas de ordenha e pelo fomento da construção das salas.

Posteriormente, em 1978, foi transferida para as instalações da antiga fábrica de tratamento de leite da Federação dos Grémios da Lavoura da Beira Litoral (nesta época já propriedade da Lacticoop e cedidas por esta à CAT). Ali se organizou um reduzido armazém para comercialização de rações, adubos e pesticidas. Meses depois, também aí foram instalados os serviços administrativos.

Ainda em 1978, em Assembleia Geral, a Direção da CAT foi pressionada para exigir à Lacticoop a entrega do estatuto de “1.º escalão” às cooperativas que reunissem meios para efetuar a recolha, o transporte e o pagamento do leite à produção. Esta pressão terá ocasionado uma crise, que afetou negativamente a Cooperativa, com a sobreposição de áreas de exploração entre a CAT e a Cooperativa Agrícola de Cantanhede, propostas de fusão, sucessivas quedas de direções, pleitos judiciais e, a somar a tudo isto, a desconfiança na solução cooperativa.

Levantar a cabeça

À semelhança dos países que sofreram cataclismos e ressurgiram ativos e inovadores, também esta Cooperativa, mesmo tendo sofrido um duro golpe (a perda de mais de metade da sua área de intervenção), conseguiu ultrapassar as adversidades, renovando-se e fortalecendo-se.

Para melhor responder às necessidades dos Associados, foram implementados os serviços de Medicina Veterinária e constituído o seu próprio Agrupamento de Defesa Sanitária, que funcionam também como serviços de apoio ao tratamento da saúde animal nas explorações dos Cooperadores. Este apoio foi complementado pela criação do Sistema Nacional de Informação e Registo Animal (SNIRA), em 2006. O SNIRA é uma base de dados para consulta e manutenção do cadastro de todos os bovinos registados a nível nacional.

Em 1979, foi adquirida uma viatura para entrega de fatores de produção aos Cooperadores, no ano em que a publicação do decreto-lei que extinguiu a Federação dos Grémios da Lavoura deixou um vazio que veio a ser ocupado pelas cooperativas existentes. Este facto, aliado à adesão de novos Cooperadores, veio imprimir maior desenvolvimento a esta agremiação.

Entretanto, em 1980, foi adquirido o terreno para construção da nova sede, na Rua Professor Manuel Rodrigues Romão, na Tocha, onde atualmente se encontram instalados, no primeiro andar, a Direcção, os Serviços Administrativos e, no lado poente, o hoje chamado Centro de Comércio e Negócios. O rés-do-chão recebeu o novo Supermercado.

Embora o objetivo inicial da CAT tenha sido essencialmente a exploração leiteira, para equilibrarem os seus rendimentos, alguns Cooperadores também se dedicam à criação de gado (bovino e suíno) e à produção de hortícolas. Este facto, aliado à inexistência de supermercados nas proximidades, veio servir de motor à criação de uma área comercial desse tipo.

Inicialmente de dimensões reduzidas, o Supermercado foi sofrendo sucessivas ampliações e modernizações, a fim de satisfazer a progressiva procura de bens. A CAT pode orgulhar-se de possuir hoje um Supermercado com uma área de exposição de cerca de 1.500 m2, com talho próprio, peixaria, churrascaria, padaria e cafetaria, self-service e take-away, onde se comercializam cerca de 15 mil referências de produtos, alguns dos quais oriundos das explorações dos Cooperadores.

Sempre a crescer

Em 1985, foram adquiridos terrenos na Rua Manuel Rodrigues Batata, em Andrades (Tocha), onde foram construídos os Armazéns Agrícolas e escritórios de apoio, e instalada uma balança de pesagem com capacidade até 60 toneladas, um Posto de Combustíveis e uma Estação de Serviço.

Em 1989, pelo seu desempenho financeiro, a Cooperativa Agrícola da Tocha é distinguida com a colocação na lista das 1000 Maiores Empresas do país.

No ano seguinte, procedeu-se à reconversão do posto de combustíveis, à instalação de equipamento automático para lavagem de viaturas e, em 2008, à criação de uma Loja Agrícola.

A CAT possui diversas viaturas pesadas e ligeiras, garantindo o transporte dos factores de produção agrícola.

Com um volume de vendas anual de cerca de 11 milhões de euros, uma autonomia financeira superior a 90%, empregando cerca de 80 colaboradores, a CAT é hoje uma das maiores empresas a nível nacional, encontrando-se entre as 100 maiores do ramo cooperativo e entre a 1.000 maiores a nível absoluto.

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